sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Descobrindo...

Descobrindo...

Tão de repente surgiu...
Meu peito infame,
Quase explodiu

Tomando-me de uma vez 
Despreparado, não sabia...
Preenchendo toda escassez

Sentindo-me encolhido
Breves momentos, sem palavras...
Crescendo, não mais escondido

Tento controlar, me manter!
Desviando com medo
Não posso mais conter...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lágrima Vivida

Lágrima Vivida

Minha voz ecoa...
Digna, limpa e sincera
Como de um verdadeiro amante
Que deixa se perder a vida...

No alento do silencio
Uma frase de amor perdida
Teu rosto...

Contemplo a tua perda,
 Lágrima vivida
A dor estancada
Uma ferida, não cicatrizada 

(Luís Felipe Silva Pereira)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Medo de Amar

Medo de amar...

Aprisionado em meu interior
Correndo por ser inferior
Vivenciando um filme de terror
Onde reina a dor...

Nada faz-me aliviar
Escondendo-me para não sangrar,
A vida que me fez amar...

Incessante por querer livrar
Do que me fez paralisar
Sob a sombra do medo...
Por não mais amar...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dia Nublado

Dia Nublado

Céu escuro
Nuvens carregadas
Estrelas apagadas...

Azul perdido
Pelo tempo consumido
Dia nublado...

Garoa que chega,
Sem demora
Essa o vento não pode levar

Pingos caindo
Eu, perdido...
Você não vai voltar...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Atos


Atos me fazem ver
Atos me fazem viver
Atos me fazer rever
Atos me inspiram a escrever

Atos, relatos que vivi
Atos, Relatos que já vi
Atos, relatos que  ouvi

Atos, vidas que eu vi morrer
Atos, pessoas que eu vi passar
Atos, muitos não pensados
Atos, entrelaçados com sonhos

Atos, de te querer
Atos, de te ver
Atos fazem-me suspirar por você

Atos em querer viver
Atos em não te perder
Atos para te rever
Atos para viver só por você
Atos para ver o mundo
Atos para ver um sonho
Atos venham ser concretizados

Atos na vida
Atos em leito de morte
Atos em toda parte
Atos fazem você

Atos movem você
Atos reestruturados
Atos, Atos, Atos...

Quais são os seus Atos?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Vivendo...
Lendo...
Escrevendo...
Esquecendo...

Vivendo o inesperado
Esperando ser retratado
Guardando o passado

Lendo o esquecido...
Sonhando com o tão esperado...
Hoje na moda o passado

Escrevendo o Futuro
Numa vida nada oportuna
Vivendo numa selva sem escrúpulos

Esquecendo todo o treinamento
A vida por si só prosseguindo
Dormindo, simplesmente esquecendo...
Viva o Desejo...

Limpando as lagrimas
Encontro-me de mão atadas
Querendo expressar-me
Afetado por suas passadas

O erro do acaso, não nos deixou
Reparando o passado
O que foi que nos desviou?
A insegurança que teme ao medo?

Ora, terminemos logo
Não aquento mais o nosso jogo
Olhe nos meus olhos...
Eu sei que vibras com nossos momentos

Insegurança imposta pelo medo...
O amanhã é o passado
Jogue tudo no ar, deixe o amor dominar
Simplesmente, viva o calado desejo
Olhando vidas com dor

Sentado,vendo a tarde correr
De uma janela, vendo a vida morrer
Observando o rancor florescer
Olhando a morte crescer

Vidas enriquecendo o cemitério
Muitos amordaçados por um adultério
Nas ruas, nunca um amor serio

Pessoas crescidas sem calor
No chão da rua um cobertor
Nos olhos de um sem amor uma vida de dor
Angustia de um sofredor

Ainda vemos a vida passar
Mesmo estagnado com um olhar
É melhor não dar atenção para não chorar
A poesia Vive

 A minha poesia envelhece
Como um falso suspiro que se perde
Entre a vida de Passagem
E a morte que me arde

Vi tudo que amava se perder
Tudo que sonhava se desmoronar
Todo riso falso se manter
Tudo que havia de verdadeiro se acabar

Mantendo as redes para não se furar
Mantendo o costume de não recuar
Vivendo pensando em poder sonhar
Suspirando com um simples olhar

Não deixando me distrair
Para não me frustrar
Vivendo e olhando tudo se acabar
Minha velha poesia, sobrevive como um ultimo cantar

Palavras ao Vento de um Sonhador

Lembro-me do tempo em que dizia
Que o nosso momento não passaria
Que o nosso sentimento não se apagaria
 No céu, víamos brilhar a nossa estrela

Mas com o tempo e as frias noites
Apagaram a chama que nos mantia
Aonde esta o fogo que nos consumia?
O amor ainda reinaria, em uma mão tão fria?

É... Já me diziam que o nosso amor não viveria
Bobo eu, de acreditar, e de sonhar
Que você iria mudar, que o nosso sentimento iria voar

Mas isso não ira te fazer acreditar, que você é capaz de amar
Do que vale palavras tão lindas de amor
Se são jogadas ao vento por um sonhador?
Dor desse Amor

Do que fale as frases e os versos de amor
Se nada vai me tirar à dor desse amor
Que se desfaleceu com o tempo e temor
Daqueles que têm medo de amar só restou à dor

A perda da afinidade, uma emoção sem valor
Foram confundidas com um sentimento profundo com um cheiro
Que perfumava aqueles que só sentiam a dor
Uma ação errada e com o tempo o amor

Da onde foi que se tirou todo o sentimento
Que superou tanto engano e desavença
Que enganou, e que esta guardado

Do coração de um sonhador
Que o amor não será mais dor
Amor? Uma flor com um belo perfume
Que fascina o coração mais cheio de temor   
Disfarço

Disfarço e faço
Sem me ouvir, como faço!
Finjo fingir, 
Aponto de me redimir

Distraído ataco,
Sem saber o que taco!
Fecho os olhos para não ver,
Que disfarcei para mentir

Enrosco-me em um abraço,
No silencio um amasso!
Em um beco me disfarço
Fingindo por quem me passo

De dia esqueço por quem passo,
À noite deito-me em outro abraço
Ao clarear já não sei o que faço,
Se finjo ou se por nada me passo...
Poeta Escondido

Lendo o que escrevo
Perdendo-me no contexto
Hei de ver se ainda deixo
O amor e o saber...

Em pequenos trechos,
Consomem-se o amor
Rimas e sátiras escondidas
Em versos fortificantes do rancor

Escondendo todas as palavras,
Faço-me delas meu refugio
Sabendo que me faltaram as letras,
Nos dias sorrateiros...  

Não sei o que é saber,
Escondo-me do que faço
Revendo e lendo
Encontro-me novamente escrevendo